Rita Lee em Brasília. "Rita Lee e a música viva"

Próximos shows:

16 de setembro: Show no Teatro Riachuelo,em Natal.
17 de setembro:Show no Campus da Universidade de Fortaleza,Ceará.
24 de setembro: Show no Ipanema Club,em Sorocaba,São Paulo.

Desta vez foi a capital federal a receber a turnê "ETC..." da nossa rainha. Veja:

Dia 09/09/2011, aconteceu o show da Rita Lee em Brasília. O show previsto para 23:50, aconteceu 00:45, mas o que não desanimou nenhum dos velhos e novos seguidores da rainha do rock.

Tentei entrar no camarim, até tentei fazer amizades com duas mulheres da imprensa, mas nada adiantou, e fui com os meus dois amigos para a grade direita, pois o público era divido entre duas grades, vimos todo o preparo, a chegada dos instrumentos, a passagem de som (e muito antes do show, umas 20:30 quando todos achávamos que a Rita estava ainda no hotel, ela deu o ar da graça dando um "tchauzinho", para as poucas pessoas que aguardavam). O público que ia chegando, era a maioria pais e seus filhos, coisa de geração, os filhos com camisetas estampadas com as fotos da Senhora Lee e toda aquela emoção. É incrível, como a Rita sempre causa várias formas de emoções. É contestamento, hesitação, tranquilidade, inquietude, cores de todas as formas e muito amor.

Então, depois de algumas horas o show estava prestes a começar, toda aquela magia de ver a Rita Lee era notório em todo o olhar de cada ovelha negra ali. Então o local vazio por alguns superfanáticos estava sendo lotado por motoqueiros e roqueiros, haviam muitas jaquetas de couro e ouvi muito "Toca Rita Lee", "Rita, Cadê você?"... Aqueles gritos ecoavam dentro de mim e a espera era cada vez mais insuportável de carregar, queria logo vê-la.

                                                           

Quando do nada, o palco fica roxo, os músicos entram, as backing entra, o Roberto Carvalho entra e começam então a tocar algo que lembrara um cabaret. Todo aquele clima juvenil, só faltava uma pessoa, a grande estrela, a grande roqueira, A GRANDE MULHER... RITA LEE entrou com um casaco branco cheio de detalhes e uma máscara dourada. E então começou. "Um belo dia resolvi mudar". Foi o ápice, todos eufóricos gozavam honrosos aplausos para essa ovelha negra que sempre acalentou os nossos corações com suas belas canções.

 Rita Lee, cantou, dançou, colocou o dedo no nariz, fez caras e bocas, fingiu uma masturbação, lambeu o ombro do Roberto e corria no palco todo. Isso ainda na terceira música, ela é um estouro, uma grande artista, vivia cada acorde, cada riff, tão euforicamente. Um dos lados mais cósmicos foi na música.

Rita então começou a falar sobre Brasília (no caso Brasólia), disse que aqui há muitos malucos belezas e que já tinha visto vários disco voadores por Brasília (estando sóbria ou não). Então, o show continuava, na música Atlântida me emocionei muito, algo inexplicável, mas segurei o choro e comecei a cantar o mais alto que podia. Vírus do amor, Saúde (até o Michael Jackson esteve por lá, dançando e animando a todos). E no fim (ou que tudo mundo achou), ela pegou o violão e começou a cantar Ovelha negra, nesse momento, as pessoas choraram, se abraçaram... Foi um momento tão sensivel, ela então começou a falar sobre a sua vida, sobre as suas dores, amores, lutas, foi lindo, ela parecia olhar em cada olhar que ali estava presente. E nos chamou de "ovelhas e ovelhos negros".

Depois da emoção e da música, eles (nos enganaram) e saíram, como se estivessem terminado o show, nesse exato momento o Roberto Carvalho jogou a palheta e EU peguei! Estava tão perto dos dois, frente a frente!

Então ela tocou "Doce Vampiro", "Ando Meio Desligado", "Flagra", "Mania de Você" e para terminar tocou "Erva Venenosa". O show foi mágico, show de extremos da euforia me levou a nostalgia, as saudades, aos amores inacabáveis... Enfim, a Rita Lee é a rainha do rock nacional, sim, sem dúvida alguma! E por fim, fica a saudade e a vontade de vê-la novamente e fazer parte de sua música que viva, permanece dentro da gente. 

Fotos e texto: Brenno Gabriel e Anderson Galardo