“Uma incrível discothèque ambulante, com um equipamento de luz e som dos mais sofisticados que já se viu, é a nova jogada de Rita Lee e Roberto de Carvalho para agitar a garotada de todo o Brasil. A discothèque chama-se Babilônia Disco Show, e vai viajar por várias cidades nos próximos meses, instalando o embalo cada fim de semana num clube diferente” - revista Amiga, 1978.
O show estreou
no Rio de Janeiro, em 07 de julho de 1978, no Teatro Teresa Rachel – atual
Teatro Net -, onde ficou em cartaz durante dois dias. Na plateia, no dia de
estreia estava ninguém mais, ninguém menos que Wanderléia, Gal Costa, Nelson
Motta e o extinto grupo Frenéticas. Apresentações com as noites sempre lotadas! Abaixo disponibilizo um dos ingressos, no caso, digitalizei o do dia 08/07, segundo dia de apresentações no TTR.
Já em Sampa o
show teve um problema com a censura e acabou sendo proibido para menores de 14
anos. Mas isso não impediu que Rita alegrasse a meninada de 15 anos para cima,
muito pelo contrário. A festa foi uma zona!
Na época não
existia mais Rita Lee & Tutti Frutti, e sim Cães & Gatos. O nome foi
dado devido a desentendimentos entre os integrantes da banda nesta época.
Rita trocava de
roupa cinco vezes durante todo o show (inclusive, uma vez, no palco (foto abaixo)) e sempre
abalando todos os jovens que lá estavam para escutar as músicas cheias de
mensagens e muito envolventes.
“Para a meninada,
que era a maioria, a grande festa teve ápices em músicas como “Agora é moda”,
“Eu e meu gato” (onde a gatinha Lee faz, durante quase cinco minutos, uma série
de miadinhos próprios), “Jardins da babilônia” e a finalíssima “Miss Brasil
2000”. Enfim, um show perfeito, dirigido ao público infanto-juvenil da Miss
Lee”.
Durante o show,
Rita começava vestindo uma capa e cartola branca, em “Jardins da Babilônia”,
logo após vestia-se de Ney Matogrosso (em “Bandido Corazón”), palhaça, Miss
Brasil e com um macacão branco (além do amarelo e lilás, ambos com regados a
muitos paetês, e em “Agora é moda” geralmente vestia-se com uma faca na cabeça
e um figurino meio punk, essa última canção inclusive fazia parte da trilha
sonora de Dancin Day’s.
Além das canções
citadas, Rita ainda cantava "Pif Paf" e "Bobos da Corte"
(música lançada originalmente em 1983), “Sem Cerimônia” (que era interpretada
durante a Tour Atrás do Porto tem uma Cidade, em 74, com o titulo Voe Comigo), “Ambição”, que anos depois
foi reformulada e lançada no disco Rita
Lee – Todas as Mulheres do Mundo.
A banda era
composta por Walter Baillet (guitarra), Lee Marcucci (baixo), Sergio Della
Monica (bateria), Naila Skorpio (percussão), Roberto de Carvalho (guitarra),
Waltão (teclados) e os backing vocais Marcinha e Willie, que além de cantar,
dançavam pelo palco afora.
“Assim, Babilônia, figura como mais um trabalho
da cantora que teve coragem, um dia, para abandonar a cômoda situação de
corista de rock na melhor banda da época. A partir daí, com passos
cuidadosamente escolhidos, soube firmar-se como única cantora solicitada e
premiada com as palmas da garotada, que vê em Rita a Ovelha Negra e o caminho
para o mundo gentil da Babilônia.” – revista Música, abril de 1978.
Abaixo presenteio vocês com mais algumas fotos que fazem parte do meu acervo pessoal, fotos originais e inéditas. As imagens são dos shows no Teatro Tereza Rachel (estreia da turnê), Teatro Bandeirantes (SP) e no Teatro Guaíra (PR). Aproveitem!