BIOGRAFIA


Filha de Charles Jones e Romilda Padula, ele descendente de imigrantes americanos e ela italiana, fruto do que se costumava chamar "salada paulista", nasceu Rita Lee Jones no último dia do ano de 1947. Assim como suas irmãs mais velhas, Mary e Virginia, recebeu o nome Lee em homenagem ao famoso General Lee.

Rita sempre mostrou interesse pela música. Fugindo da rigidez imposta pelo pai, deliciava-se com polcas e clássicos ligeiros que saíam do piano da mãe. Brincando, juntava-se às irmãs para formar trios vocais, embora entrasse em pânico nos recitais que sua professora de piano Madalena Tagliaferro promovia.

Na adolescência, Rita se trancava no quarto já de pijama, pronta para dormir. O que a família não sabia era que ela pulava a janela para apresentar-se tocando bateria em festas de escola. Em uma dessas escapadas, porém, teve crise de apendicite aguda, sua família foi chamada pela direção e a descoberta, inevitável. Apenas um dos muitos sustos que viriam a seguir. O maior foi quando pediu ao pai uma bateria Caramuru ao invés do tradicional baile de formatura, sonho de onze entre dez adolescentes da época.

Rita nasceu e cresceu no bairro da Vila Mariana, onde viveu por muitos anos, até o nascimento de seu filho. O bairro é especial a Rita, já que lá ela tem uma grande parte de todas as melhores lembranças de sua vida.

Ela foi educada no colégio francês paulistano Liceu Pasteur, e hoje fala fluentemente 
português, inglês, francês, espanhol e italiano. Também chegou a cursar Comunicação Social na Universidade de São Paulo em 1967,na mesma turma da atriz Regina Duarte, mas deixou a universidade durante o primeiro período.

Suas primeiras influências musicais foram Elvis Presley, Neil Sedaka, Paul Anka, Peter, Paul and Mary, Beatles, Rolling Stones, mas também escutava música brasileira como Cauby Peixoto, Ângela Maria, Tito Madi e João Gilberto, Emilinha Borba, Carmen Miranda, Dalva de Oliveira e Maysa por influência dos país.

Na adolescência passa a se interessar por música e começa a se apresentar em escolas da região como componente do Tulio's trio. Em 1963, forma-se um conjunto com mais duas garotas, as Teenage Singers (Cantoras Adolescentes), que participam de shows e de festas colegiais. No ano seguinte elas conhecem um trio masculino, Wooden Faces. Os dois grupos se juntam, formando o Six Sided Rockers, banda que depois se chamará O'Seis, que chega a gravar um disco compacto com duas músicas. Com a saída de três componentes, sobram Rita, Arnaldo e Sérgio que passam a se chamarOs Bruxos. Por sugestão de Ronnie Von, o grupo passou a chamar-se Os Mutantes.

Os Mutantes

Rita participava de um conjunto ao lado de mais duas amigas quando, em meados dos anos 60, conheceu a turma de um garoto dentuço da Pompéia. Elas, boas de vocais e fracas de acompanhamento. Eles, muito bons músicos, porém, fracos no vocal. A junção, quase natural, deu origem ao O'Seis, que chegou a gravar a música O suicida em um compacto nunca lançado. Logo depois, aconteceram algumas baixas, e Rita ficou como a única garota ao lado dos irmãos Sérgio e Arnaldo Baptista, trio que receberia o nome de Os Mutantes.

Em 1966, estavam em estúdio fazendo os backings para Nana Caymmi em Bom dia, quando, no intervalo, conheceram o marido da cantora, que logo os desafiou a um duelo. No fim de uma tarde de improvisos e afinidades, receberam o convite para acompanhá-lo no festival que estava sendo preparado para o ano seguinte.

Gilberto Gil e Os Mutantes ganharam o segundo lugar com Domingo no parque no III Festival da Música Popular Brasileira na TV Record, o mesmo em que Caetano apresentou a sua Alegria alegria, ficando em quarto. O público não entendeu muito bem a mistura das guitarras elétricas dos Mutantes com o violão de Gil e orquestra regida por Rogério Duprat. Era a Tropicália mostrando seus primeiros passos e recebendo suas primeiras vaias.

Ainda em 1967, participaram do disco-manifesto Tropicália ou panis et circensis ao lado de Gil, Caetano, Gal Costa, Tom Zé e Nara Leão, entre outros. Assinaram contrato com a Philips (atual PolyGram) e, já no ano seguinte, lançaram o primeiro disco do grupo.

Os Mutantes ficaram logo conhecidos por sua irreverência e deboche. No festival de 69, Rita vestia-se de noiva grávida entre os dois irmãos, de toureiro. No final, apareceu, ainda, com um boneco, representando uma criança negra no colo.

Para uma participação no programa de Hebe Camargo, Rita e Arnaldo resolveram casar-se. No dia da apresentação, anunciaram o casamento e, diante das câmeras, rasgaram a certidão ao meio, deixando a já experiente apresentadora sem reação.

As viagens à Europa estavam cada vez mais constantes e o sucesso dos Mutantes fez com que a gravadora os convidasse a gravar um disco por lá, Tecnicolor. Só lançado na sua íntegra em 1999, teve algumas faixas aproveitadas em Jardim elétrico, de 1971.

Depois de viver em comunidades, experimentar todos os tipos de drogas, fugir da polícia e driblar a censura, Rita Lee começou a desenvolver uma carreira solo, lançando Build up em 1970, disco produzido por Arnaldo Baptista. Em 1972, ano do último disco dos Mutantes, Rita lançou outro álbum solo, também contando com a participação dos outros integrantes.

Pouco depois, foi expulsa do grupo por divergir dos novos rumos que os outros integrantes estariam tomando.

Tutti Frutti e consagração nacional

Em depressão pela saída dos Mutantes, Rita pensou em terminar a carreira. Trancou-se um tempo em casa, período em que compôs muitas das músicas do trabalho que lançaria a seguir. Formou o Tutti Frutti, para uma série de apresentações no Teatro Ruth Escobar. Por sugestão da gravadora, que queria lançar Rita como estrela nacional de seu cast, o grupo passou a se chamar Rita Lee & Tutti-Frutti.

Com essa banda, lançou alguns grandes sucessos, como Ovelha negra, Agora só falta você, Esse tal de Roque Enrow, Miss Brasil 2000 e Jardins da Babilônia.

Em 1976, grávida pela primeira vez, foi presa por porte e uso de maconha. Ficou um ano em prisão domiciliar, precisando de permissões especias do juiz para sair de casa e fazer shows. Abalada e sem dinheiro, compôs com Paulo Coelho a polêmica Arrombou a festa. O compacto com essa faixa bateu recordes de venda do pop brasileiro com 200 mil cópias vendidas.

Após sua saída da prisão, foi convidada por Elis Regina para participar de um especial para a Bandeirantes, quando gravaram juntas a música Doce de pimenta, composta especialmente por Rita em homenagem à Elis. A amiga, inclusive, havia tentado visitá-la na cadeia, mas teve de voltar quando um de seus filhos não se sentiu bem naquele ambiente.
Já vivendo com Roberto de Carvalho definitivamente incorporado à banda, mãe de Roberto Lee de Carvalho e livre da prisão domiciliar, Rita sai em turnê com Gilberto Gil. Refestança foi registrado em disco, mas, segundo a própria cantora, resgatou apenas 30% da atmosfera do show.

Depois do LP Babilônia, em 1978, a banda se desfez. Seu nome foi registrado por um dos integrantes, que queria obrigar a saída de outro. Rita reformulou a banda e colocou na estrada o show Rita Lee & Cães e Gatos, nome dado devido às brigas internas durante os ensaios. Esse show deu origem a um dos primeiros álbuns piratas do Brasil, hoje, artigo de colecionador.

Rita Lee e Roberto de Carvalho

No ano seguinte, Rita já não mais fazia parte de uma banda. Ao lado de Roberto de Carvalho, lançou um álbum que pode ser considerado um divisor de águas em sua carreira. Nele, mostrava seu lado romântico e se permitia a misturas até então inimagináveis. O grande hit do ano de 1979 foi Mania de você e a dúvida seria se a febre Rita Lee resistiria a mais um verão.

A resposta veio com Lança perfume. Sucesso absoluto no Brasil, a música ficou por mais de um mês no primeiro lugar da Billboard americana e virou must nas boates da Europa. Até o Príncipe Charles passou por excêntrico ao dizer que sua cantora predileta seria Rita Lee.
As turnês tomaram contornos de mega-produção, com estrutura inédita para os palcos brasileiros da época. Os discos marcavam números de cópias até então nunca alcançados no mercado pop brasileiro.

Na turnê de lançamento do LP Rita Lee e Roberto de Carvalho (que trazia o hit Flagra), em 1982, Rita começou a ter sérios problemas de saúde, chegando a desmaiar no palco no meio de um show no Morro da Urca (Rio de Janeiro). Além do ritmo alucinante da turnê, estava abalada por problemas pessoais. Havia perdido prematuramente sua irmã mais velha dois anos antes e sua grande amiga Elis Regina pouco depois. Agora era o pai, que estava muito doente e faleceu pouco depois.

Rita tirou o time de campo por um tempo. Lançou um disco em 1983 e nem apareceu para divulgar. A crítica não gostou do trabalho, e Rita e Roberto concordaram. Seguiu o ano de 1984 sem qualquer aparição pública.

Os boatos logo davam conta de que Rita Lee estava com leucemia. A história tomou um vulto tão grande que, em um certo momento, ela mesma achou que pudesse estar doente e que Roberto estaria escondendo dela.

Na assinatura do contrato para o Rock in Rio, em dezembro de 84, Rita apareceu de peruca. 
Na apresentação, em janeiro seguinte, mais perucas e problemas na voz. Ainda no palco, confessou-se enferrujada diante da platéia.

Mais uma vez, Rita retirou-se de cena. Trancou-se no estúdio por sete meses e gravou um ótimo álbum, porém longe do estilo festivo da dupla. A crítica adorou, mas a resposta em vendas não foi a esperada. Mesmo assim, pôs fim aos boatos e a qualquer suspeita de alguma doença grave com a divertida Não titia.

No ano seguinte, realizou o grande sonho de comandar um programa de rádio. Rádio amador foi ao ar na rádio 89FM de São Paulo e, depois, pela Rádio Cidade carioca. Nesse programa, misturava raridades de colecionadores com fitas demo de bandas de garagem. Havia espaço para se tocar de tudo, menos Rita Lee, desprezada pela apresentadora Lita Ree.

Seu contrato com a Som Livre havia acabado e as gravadoras faziam seu habitual leilão. Ganhou a EMI, com uma proposta milionária.

Em 1987, a expectativa era grande para o novo trabalho de Rita e Roberto. Flerte fatal fez Rita declarar guerra à imprensa e ficar por muito tempo sem dar entrevistas. Um jornalista do Estado de São Paulo fez críticas pessoais dizendo que Rita estaria em "menopausa criativa". 

Ela, que nunca havia se envolvido com críticas a seu trabalho, não aceitou a agressão. Ameaças e brigas de todos os lados, estava declarada a guerra.

Ainda nesse ano, voltou para a estrada anunciando o que seria o seu último grande show.
Mais dois discos duramente atacados pela crítica, e Rita anuncia o fim da dupla com Roberto de Carvalho. Os boatos davam conta do fim do casamento também.

Por essa época, experimentou outras áreas. Depois da experiência no rádio, participou, ao lado de Roberto, do filme Fogo & Paixão. Pouco depois, contracenou com Marília Pêra em Dias melhores virão, dirigido por Cacá Diegues. O filme foi muito bem recebido no Festival de Cannes e virou preferido da imprensa especializada. Na Europa, Rita ganhou seu primeiro prêmio como atriz no Festival de Denzer de 1990. O seguinte veio da Prefeitura do Rio, em 1993. Rita Lee foi eleita melhor ator pelo curta metragem Tanta estrela por aí..., onde fazia uma impagável interpretação de Raul Seixas.

Também passou pela televisão. Além das novelas Top model (1989) e Vamp (1991), escritas por Antonio Calmon, e comandou seu próprio programa, TVLeezão, versão para a MTV de Rádio amador, durante seis meses.

Anos 1990

 Em 1990, Rita partiu para o bem sucedido projeto Bossa n' roll, caindo na estrada com o show mais assistido de 91 e lançando no Brasil a febre dos discos acústicos. Revia seus 25 anos de carreira acompanhada apenas por dois violões. No palco, apenas Rita e Alexandre Fontanetti. 350 mil cópias depois, montou uma banda de rock nos moldes do Tutti Frutti, voltou para o estúdio e retomou a dobradinha que fazia com Lúcia Turnbull, na época.

No início do ano de 95, só se falava nos shows que os Rolling Stones fariam no Brasil. De próprio punho, Mick Jagger passou um fax para a produtora brasileira exigindo a apresentação de Rita nos shows de abertura. Convite feito e aceito, Rita roubou a cena dos americanos do Spin Doctors com o melhor show de abertura.

Poucas semanas antes da apresentação, Rita havia sido internada. Os boatos davam conta de tentativa de suicídio, que a roqueira explicou como um leve acidente à base de chá de 
Trombeta. Rita passou alguns dias internada, chegando a ficar em estado de coma, o que preocupou seus fãs e a produção dos Stones. No palco, mostrou que estava completamente recuperada do que chamou de "um exagero de fim de ano". No último dos dois dias da apresentação carioca, recebeu o telefonema de Mick Jagger pedindo que trocasse de lugar com os Spin Doctors e fizesse o show imediatamente antes dos Stones.

Dessa rápida apresentação, saiu a turnê A marca da Zorra, que marcou a volta de Roberto de Carvalho ao comando da banda.

Um ano depois, tornou-se a primeira mulher e primeira figura do pop a receber o Prêmio Shell para a Música Brasileira. No início de 97, foi a vez do já tradicional Prêmio Sharp de Música homenagear Rita em uma festa de gala no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Com a parceria com Roberto efetivamente retomada, ainda que não creditada, Rita saiu na turnê de divulgação do CD Santa Rita de Sampa com mais um membro da família na banda: o filho Beto Lee.

Para comemorar seus cinqüenta anos, Rita em turnê com o show Acústico, mais um da série de musicais produzidas pela MTV brasileira. O disco foi um grande sucesso, com 650 mil cópias vendidas.

Em 2000 mais uma vez retomou as guitarras e usou influências da música eletrônica no disco e show 3001.

Anos 2000

Em outubro de 2001, Rita Lee recria sucessos dos Beatles em ritmo de Bossa Nova no CD Aqui, ali, em qualquer lugar (Abril Music), que na versão americana virou Bossa 'n' Beatles. No repertório, clássicos como A Hard Day's Night, If I Fell (que virou Pra você eu digo sim) e Here, There and Everywhere. Em 2001 e 2002, Rita Lee aproveitou o período de recuperação de Herbert Vianna e "seqüestrou" o baterista João Barone, que participou do disco e da turnê Yê Yê Yê de Bamba. Entre um show e outro, Rita Lee apresentou o programa semanal Saia Justa (GNT), acompanhada de Mônica Waldvogel, Marisa Orth e Fernanda Young.

Dois anos mais tarde, em sua terceira passagem pela Som Livre, Rita Lee lança o CD Balacobaco, tendo como carro-chefe Amor e Sexo, uma deliciosa balada musicada a partir de uma crônica de Arnaldo Jabor. Neste disco, Rita volta a flertar com o pop que a consagrou no início da década de 80, em canções como A Gripe do Amor, A fulana (inspirada em Namoradinha de um amigo meu, de Roberto e Erasmo Carlos) e Hino dos Malucos, tema da versão cinematográfica da série Os normais. Além disso, homenageia Roberto de Carvalho em Copacabana Boy e canta Já te falei, um presente recebido dos Tribalistas Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Dadi e Carlinhos Brown.

Em janeiro de 2004, Rita causa frisson no verão carioca com a estréia da turnê Balacobaco, no tradicional Canecão. Durante as concorridas apresentações, surge uma polêmica: após declarar sua admiração pela Cidade Maravilhosa, os Paulistas se ofenderam, a ponto de Rita escrever uma carta aberta, como uma espécie de pedido de desculpas. No mesmo ano, nos dias 26 e 27 de agosto, grava o CD e DVD MTV ao vivo (EMI Music), registro de duas noites de apresentações no Hotel Unique, em São Paulo, com as participações especiais de Pitty (em Esse tal de Roque Enrow) e Zélia Duncan (em Pagu). Neste CD/DVD, Rita interpreta as inéditas Meio fio (de Roberto de Carvalho e Arnaldo Antunes) e Coração Babão, um iê-iê-iê composto por ela e por Roberto de Carvalho inspirado nas canções da ternurinha Wanderléa. 
No DVD, Rita canta uma versão de The More I See You, sucesso de Chris Montez nos anos 60 que, em suas mãos, virou Quando te vejo.

Um ano depois, em setembro de 2005, Rita volta à TV acompanhada de Roberto de Carvalho, para apresentar o talk-show Madame Lee, no canal GNT. Semanalmente, Rita Lee recebia celebridades em seu "consultório", mas nunca atendeu o paciente que, "pacientemente", aguardava atendimento na sala de espera. Alguns dos consultados por Madame Lee:  Fernanda Torres, Hebe Camargo, Constanza Pascolatto, Glorinha Khalil, Jorge Fernando e o cantor Falcão, entre outros.

Em 29 de novembro de 2005 nasce Izabella Lee Alves de Carvalho, filha de Beto Lee e da cantora Talita Alves, e primeira neta de Rita Lee e Roberto de Carvalho.

Em 06 de junho de 2006 acontece o lançamento oficial do livro Rita Lee mora ao lado (Panda Books), biografia escrita pelo músico Henrique Bartsch. Através da personagem Bárbara Farniente, o autor narra histórias de Rita Lee Jones de Carvalho, desde antes de seu nascimento até meados da década de 90. Com um texto leve e irreverente, Bartsch (ou Bárbara) vai fundo em detalhes da carreira e vida pessoal de Rita Lee, incluindo Mutantes, Roberto de Carvalho, filhos, pais, irmãs, a amiga Elis Regina, afetos e desafetos. Em alguns momentos, o leitor tem a sensação que a própria cantora é quem abre o baú de memórias. 

Sobre o livro, Rita Lee declarou: "é um tratado arqueológico de minha vidinha vulgar, o encontro de vários elos perdidos". Uma biografia totalmente autorizada, onde ficção e realidade se fundem em torno de um ícone da MPB.

No mês de setembro de 2006, uma nova homenagem é prestada à Rita, desta vez no teatro, com a peça Um homem chamado Lee, de Rodrigo Pitta. Preta Gil, filha do compadre Gilberto Gil, sobe ao palco para interpretar Linda Lee, um travesti obcecado pela cantora que resolve sequestrá-la para assumir o seu lugar.

Durante todo o ano de 2006, Rita Lee se apresentou em vários estados do país com uma nova banda, testando o repertório que dará origem a turnê de comemoração de seus 40 anos de carreira, em 2007.

Em 25 de maio de 2007, Rita Lee recebeu, das mãos da vereadora Aspásia Camargo (PV-RJ), o título de "Cidadã Honorária do Município do Rio de Janeiro", cinco meses após ter declarado, em um show na Praia de Copacabana, que gostaria de se tornar carioca, impulsionada pela homenagem feita pelo seu fã-clube, que levou uma faixa com a frase "Rita Lee cidadã carioca".

Também em maio de 2007, Rita estréia na gravadora Biscoito Fino, lançando um box com três DVD's, onde ela própria reconta histórias de sua vida, entre imagens de arquivo, de shows pelo Brasil e depoimentos de Roberto de Carvalho, Beto Lee, Caetano Veloso e Virgínia Lee. O nome só poderia ser irreverente, como a estrela principal: Biograffiti.

Anos 2010

Turnê Etc...

Em 2010, Rita iniciou sua nova turnê, ETC..., que estreou em Belo Horizonte, na qual Rita canta sucessos que ficaram fora de seu repertório por bastante tempo como Atlântida, Vírus do Amor e Luz del Fuego. A cantora também apresentou no show um número em homenagem a Michael Jackson, com a ajuda de Nikki Goulart, um cover do cantor.

O show percorreu várias cidades do Brasil como São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, além de ter passado pela capital Argentina, Buenos Aires, com apresentação no teatro Gran Rex.

Aposentadoria dos Palcos

No dia 22 de Janeiro de 2012, Rita anuncia sua aposentadoria dos palcos em seu show de estreia no Circo Voador no Rio de Janeiro devido à sua fragilidade física: Me aposento dos shows, mas da música nunca, explicou a cantora no seu Twitter.

Oficialmente, sua última apresentação que foi no dia 28 de Janeiro de 2012 no Festival de Verão de Sergipe, terminou em polêmica, quando a cantora se revoltou com uma ação policial supostamente agressiva com seu público. Acusada de desacato à autoridade, Rita Lee foi encaminhada a delegacia após o show para prestar depoimento, e liberada em seguida.

No dia 17/05/12, Rita Lee voltou aos palcos, numa festa privê, apresentando seu show no Teatro Boa Vista, em Recife.

Carnaval

No dia 19 de Fevereiro de 2012, Rita Lee desfilou no Carnaval 2012 pela escola de samba paulista Águia de Ouro a qual o tema foi a Tropicália, junto com Rita desfilaram cantores do movimento tropicalista como Caetano Veloso, Gilberto Gil além de cantores como Wanderléia, Cauby Peixoto e Angela Maria. Rita Lee homenageou a atriz Leila Diniz no desfile, vestindo uma réplica do vestido de noiva que Rita pegou emprestada da atriz e nunca devolveu.

Reza

Após alguns anos sem gravar CD de músicas inéditas, o último foi o álbum Balacobaco em 2003, Rita Lee anuncia o lançamento de seu novo CD, Reza.

No dia 2 de Fevereiro de 2012, Rita Lee lança Reza, o primeiro single promocional de seu novo álbum de mesmo nome, a música foi executada pela primeira vez na rádio JB FM do Rio de Janeiro.

Após o lançamento da música na rádio, a cantora á disponibiliza no seu canal do Youtube. Rita descreveu a música como uma "reza de proteção de invejas, raivas e pragas".

Pouco tempo após seu lançamento, o single inicia sua entrada nas rádios de todo o Brasil e lidera as paradas regionais do Rio de Janeiro e atualmente permanece na primeira posição.
Foi anunciado na página administrada pela produção da cantora no Facebook no dia 24 de 

Fevereiro que o lançamento do novo álbum da cantora seria em Abril: "O lançamento de "Reza" está previsto para o dia 13 de abril, dia internacional do beijo!". O lançamento será feito pela gravadora Biscoito Fino. A gravadora adiou o lançamento do novo álbum para o dia 30 de Abril.

Em Março, Reza é confirmada como o primeiro single oficial, sendo disponibilizado em download digital no iTunes.

No dia 15 de Março, Reza alcança o 1º Lugar entre as músicas mais vendidas na categoria MPB no iTunes, Reza também está entre entre as mais vendidas de todo o iTunes Brasil. Ela aparece em 9º Lugar, na frente de sucessos como Moves Like Jagger, do Maroon 5, e Set Fire To The Rain, de Adele.

No dia 16 de Março, Reza ultrapassou na loja brasileira do iTunes, o sucesso "Ai, Se Eu Te Pego", de Michel Teló, no número de downloads do Top Chart Music, parada das músicas mais vendidas. Rita é a brasileira mais bem colocada no ranking.

No dia 26 de Março, a música Reza entrou para a trilha sonora da novela Avenida Brasil da Rede Globo.

O CD teve sua pré divulgação no site da cantora e também no perfil oficial no Facebook no dia 2 de Abril, onde foram divulgados os nomes das músicas e também trechos das músicas que estarão no novo álbum, o CD contará com 14 músicas, e a partir do dia 3 de Abril estará disponivél para a pré vendas no iTunes.



Textos iniciais: Fabio Vizzoni e Beto Feitosa
Texto final: Wikipédia (editado por Joao Naiff)